O pior já passou

Autor: Ricardo J. Botelho

O pior já passou para o mercado imobiliário e se espera um crescimento nas vendas para 2017 da ordem de 10%
Corretor:
“Alô. Aqui é o Renato da Match Imobiliária. Temos uma oportunidade que pode interessar o senhor”.
Cliente:
“Nem pensar. Comprar imóvel, nesta desgraça de economia? Só louco”.

O diálogo aí, que tem sido comum nos últimos tempos, pode estar com os dias contados. Acredite, já uma luz no final do túnel. E, tudo indica, essa luz veio para ficar e iluminar mais e mais o mercado imobiliário. Alguns indicadores são animadores (moderadamente), tais como: a saída técnica da condição de estagnação que a economia apresentava, com o crescimento positivo seguido do PIB por 2 trimestres; a retomada das contratações no mercado de trabalho, ainda de forma lenta, mas já um alento; a reforma trabalhista e provável reforma previdenciária.

Refletindo esse ambiente, a convenção do SECOVI – São Paulo realizada agora em Setembro teve como mote: “Virando a Página”. Segundo o presidente da entidade, Flávio Amarai, “o pior já passou” para o mercado imobiliário. Amarai espera um crescimento nas vendas para 2017 da ordem de 10%. O exemplo de São Paulo parece contaminar outras regiões do país e o segmento imobiliário deve entrar em uma nova dimensão depois de 3 anos de sufoco. Ainda existem problemas como os distratos e muitas unidades em estoque. Mas a inversão da curva é um alento e tanto.

Porém, em um mercado ainda restritivo, as habilidades dos corretores de imóveis são ainda mais fundamentais para a mobilização dos compradores e para a conversão de negócios. Percebemos uma seleção natural. Em tempo de crise, só os fortes sobrevivem? Na verdade, têm êxito aqueles que são mais hábeis, que acumulam maior conhecimento e os que são resilientes.