Acabamento
O acabamento de paredes, forros e revestimentos em drywall consiste no nivelamento de sua superfície por meio do tratamento das juntas e dos pontos de aplicação dos parafusos, como preparação para o recebimento de pintura ou revestimento.
Nos sistemas drywall, o tratamento das juntas entre chapas é feito com massa de rejunte (jamais com gesso, que pode provocar patologias) e fita de papel microperfurado. Há recomendações técnicas específicas para o correto tratamento de juntas entre chapas com bordas rebaixadas e juntas de topo, bem como para juntas em ângulo (interno ou externo). Por sua vez, o tratamento dos pontos de aplicação dos parafusos é feito com massa de rejunte.
| Sistemas drywall: acabamento de superfície
O tratamento é feito em cinco etapas:
- Aplicar (de cima para baixo) uma camada de massa de rejunte longitudinalmente sobre a junta.
- Marcar (de cima para baixo) o eixo da junta com uma espátula metálica.
- Colocar (de baixo para cima) a fita de papel microperfurado sobre o eixo da junta, observando que a saliência da dobra da fita fique em contato com a massa.
- Pressionar firmemente a fita (de cima para baixo), com o auxílio da espátula metálica, para eliminar o excesso de massa, bolhas de ar, vazios e enrugamentos.
- Imediatamente em seguida, cobrir a área tratada ainda úmida com uma camada de massa (aplicada de cima para baixo), de forma a preencher todo o rebaixo nivelando as chapas.
- Após a secagem, cujo tempo pode variar em função do tipo de massa, do grau de umidade relativa do ar e da temperatura, haverá uma retração da massa em função da secagem e que demandará a aplicação de uma nova camada de massa, chamada de repasse, nivelando as chapas. Após a secagem completa, lixar toda a região da junta com a lixa envolta em um taco ou outro elemento de base plana para evitar ondulações.
O tratamento de juntas de topo deve ser feito segundo os mesmos procedimentos descritos nas etapas 1 a 3 do tratamento das juntas entre chapas de bordas rebaixadas.
Após o recobrimento da fita com a massa de rejunte, deve-se aplicar uma demão de massa com cerca de 30 cm de largura de cada lado da fita. Essas demãos devem sempre terminar em zero, ou seja, no nível da superfície de chapa.
Após a secagem, cujo tempo pode variar em função do tipo de massa, do grau de umidade relativa do ar e da temperatura, verificar se há pontos de retração e recobri-los com massa de rejunte. Sempre aguardar a secagem para aplicar as demãos seguintes necessárias. Após a secagem completa, a região da junta deve ser lixada com a lixa envolta em um taco ou outro elemento de base plana para evitar ondulações e assegurar um nivelamento perfeito.
O tratamento é feito em quatro etapas tanto em paredes quanto no encontro de paredes ou revestimentos com forros.
- Aplicar uma camada de massa de rejunte (de baixo para cima) com uma espátula metálica em cada lado do ângulo.
- Dobrar a fita de papel microperfurado no eixo pré-marcado e aplica-la sobre o ângulo.
- Pressionar firmemente a fita de ambos os lados para eliminar o excesso de massa, eliminando bolhas de ar, vazios e enrugamento.
- Com o tratamento ainda úmido, cobrir a fita com uma leve camada de massa para que não se desprenda.
Após a secagem, cujo tempo pode variar em função do tipo de massa, do grau de umidade relativa do ar e da temperatura, verificar se há pontos de retração e recobri-los com massa de rejunte. Sempre aguardar a secagem para aplicar as demãos seguintes necessárias. Após a secagem completa, a região da junta deve ser lixada com a lixa envolta em um taco ou outro elemento de base plana para evitar ondulações e assegurar um nivelamento perfeito.
O tratamento pode ser feito com fita de papel microperfurado com reforço metálico ou com cantoneira de proteção de aço galvanizado, em quatro etapas:
- Nos dois casos, a primeira etapa consiste na aplicação com uma espátula metálica de uma camada de massa de rejunte de cada lado do ângulo.
- Colocar a fita de papel, que antes deve ser dobrada longitudinalmente, com o reforço metálico em contato com a massa. Ou colocar a cantoneira de reforço sobre a massa, pressionando-a firmemente contra o ângulo.
- Cobrir a fita ou a cantoneira com massa de rejunte, com auxílio de uma desempenadeira metálica.
Após a secagem, cujo tempo pode variar em função do tipo de massa, do grau de umidade relativa do ar e da temperatura, verificar se há pontos de retração e recobri-los com massa de rejunte. Sempre aguardar a secagem para aplicar as demãos seguintes necessárias. Após a secagem completa, a região da junta deve ser lixada com a lixa envolta em um taco ou outro elemento de base plana para evitar ondulações e assegurar um nivelamento perfeito.
O tratamento recomendado deve ser feito em duas etapas:
- Verificar se os parafusos estão corretamente instalados, ou seja, sem saliências, com a cabeças ligeiramente abaixo da superfície das chapas.
- Aplicar em cada ponto a massa de rejunte com espátula metálica, em duas camadas cruzadas. Se necessário, após a secagem, repetir a operação nos pontos em que for verificada retração. Sempre aguardar a secagem para aplicar as demãos seguintes necessárias.
O tratamento é completado com o lixamento da superfície, com a lixa envolta em um taco ou outro elemento de base plana para evitar ondulações e assegurar um nivelamento perfeito.
- Juntas de dilatação ou movimentação: executá-las a cada 50 m2 de paredes ou revestimentos em drywall; em paredes duplas, ou seja, com duas camadas de chapas de gesso em cada face, executá-las a cada 70 m2. Nos dois casos, a distância máxima entre juntas deve ser de 15 m.
- Cruzamento de juntas: não sobrepor fitas, interrompendo-as em um dos lados.
- Vãos entre sistemas drywall e elementos periféricos: no caso de vãos com mais de 3 mm, calafetá-los com massa de colagem.
- Reutilização de massas: não reutilizar massas após seu endurecimento.
Paredes, forros e revestimentos em drywall podem ser pintados com qualquer tipo de tinta, exceto cal. Para assegurar uma boa qualidade de acabamento, a superfície a ser pintada deve estar bem nivelada, livre de pó e receber um fundo pigmentado diluído antes da aplicação da tinta ou da textura.
A Associação Brasileira do Drywall elaborou, com o apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) o “Manual de pintura em drywall: o que é preciso saber”, contendo de forma prática, todas as orientações necessárias para a obtenção dos melhores resultados com essa operação..
Consulte o manual aqui | arquivo PDF para download.
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Revestimentos de superfície
Os sistemas drywall aceitam qualquer tipo de revestimento. Para a obtenção de bons resultados, devem ser obedecidas as recomendações a seguir:
- A escolha do tipo material de revestimento deve ser feita de preferência na fase de projeto.
- A superfície do sistema drywall deve estar limpa e livre de poeira.
Cerâmica
- Em paredes e revestimentos em drywall que receberão aplicação de cerâmica, os montantes devem ser posicionados no máximo a cada 400 mmpara uma camada de chapa e no máximo a cada 600 mm para duas camadas de chapa.
- A superfície deve estar limpa, porém é desnecessário o lixamento das juntas e dos pontos de aplicação dos parafusos.
- A colagem das peças deve ser feita com argamassa colante do tipo AC-II.
Laminados plásticos ou melamínicos
- Em paredes e revestimentos em drywall que receberão aplicação de laminados plásticos ou melamínicos, os montantes devem ser posicionados no máximo a cada 400 mm.
- As chapas preferencialmente devem ser fixadas na posição horizontal.
- As juntas entre chapas com bordas rebaixadas devem ser executadas normalmente.
- As juntas de topo devem receber apenas calafetação com massa, evitando-se que esta fique saliente. Após a secagem completa da massa, lixar toda a área calafetada para eliminar rebarbas ou saliências.