Por que temos tanto medo de tentar o novo

Autor: Ricardo J. Botelho

Correr riscos para fazer de forma diferente aquilo que você já faz há muito tempo, da mesma forma, é um enorme desafio para o cérebro. Neste artigo, queremos chamar a sua atenção para os mecanismos que podem travar a sua iniciativa de inovar, algo tão essencial para sobreviver no mercado de trabalho.

Correr riscos para fazer de forma diferente aquilo que você já faz há muito tempo, da mesma forma, é um enorme desafio para o cérebro. Neste artigo, queremos chamar a sua atenção para os mecanismos que podem travar a sua iniciativa de inovar, algo tão essencial para sobreviver no mercado de trabalho.

O cérebro é uma máquina engenhosa, mas também incrivelmente confusa e desorganizada, o que influencia tudo o que pensamos, fazemos, dizemos ou experenciamos. Boa parte do cérebro é dedicada aos processos psicológicos (medo, humor, alegria), ao monitoramento de operações internas (comer, dormir, correr etc), coordenação de respostas à problemas (desafios) e manutenção (sobrevivência).

A parte que cuida da sobrevivência está no chamado cérebro reptiliano (que nos acompanha há 200 milhões de anos), o que enfatiza o seu primitivo contexto, porque descendemos da época em éramos répteis (teoria da evolução).

Mais recentemente (a cerca de 1 milhão de anos), o cérebro humano desenvolveu novas habilidades encontradas no neo-cortex, onde se concentra a consciência, a percepção e a razão. Mas boa parte do seu cérebro trabalha para reconhecer e reagi a ameaças. Isso faz com que o medo seja um sentimento bastante presente na mente humana. Podemos chamar esse comportamento de “lute ou fuja” (lute: resistir, enfrentar, negar / fuja: evitar, negligenciar, procrastinar), que varia de acordo com a situação, das experiências acumuladas que temos (associadas a situação em si ou similar). Quanto menos informações tivermos sobre a situação em si mais acionamos esse gatilho do “lute ou fuja”.

Então, como mudar:

  • Comece por definir qual o foco da mudança pretendida e busque muita informação, que possa te ajudar a compreender as características do desafio.
  • Converse com pessoas que já praticam ou atuam da forma que você deseja incorporar ao seu dia-a-dia de trabalho ou na vida pessoal.
  • Faça um plano (escreva) de adoção do novo comportamento almejado e estabeleça um agenda e defina passos que chegar até o nível desejado.
  • Mire e celebre pequenos avanços obtidos na trajetória em direção à grande mudança planejada.