O emocional tanto alimenta a crise como ajuda a sair dela

Autor: Ricardo J. Botelho

A crise que a economia brasileira enfrentou nestes últimos dois anos tem na componente emocional um forte fator que alimenta o processo, como um combustível poderoso.

A questão emocional é tão relevante que não sabemos, ao certo, quanto da crise efetivamente é por ela turbinada e quanto é fruto das condições concretas da baixa demanda resultante da redução da renda. Parte do desemprego é causada pela perspectiva de que tudo vai piorar. A crise gera uma quantidade de noticias extremamente negativas, o que funciona como um retro alimentador (da crise).

Então, preparam-se! As boas notícias começam a chegar às redações de jornais, revistas e TV’s. Daí para os noticiosos é vapt vupt. Assim, começa uma nova onda, agora mostrando que, mesmo com um “pibinho” de1% em 2017, deixamos a crise para trás.

O mercado imobiliário levanta as mãos para o céu e vislumbra um cenário pintado com cores bem menos escuras. Reportagem da Revista Isto É (3 de março de 2018) traz uma matéria falando da retomada da economia e ilustra com uma foto de um compradora de imóvel celebrando a compra dentro da piscina (foto). Segundo a Isto É a indústria automotiva cresceu 21%, mas a grande notícia vem do setor de equipamentos para construção civil que cresceu 40,1% em 2017.

A mensagem não poderia ser melhor. É hora de colocar mais entusiasmo ainda na ação de prospecção de clientes e no atendimento nos plantões.